UMA FREGUESIA QUE NÃO EXISTE

NO PAPEL...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

POEMAS DE MEU PAI





Num dia aspecto muito cinzento como o de hoje, de de um Outono triste na vida de meu Pai, ele dedicou este poema a dois dos seus entes queridos que naquela altura vira partir.
Aqui fica:

Outono é folha caída
É tempo de vindima
É Juventude perdida
É morte que se aproxima.

É árvore de rama despida
Há corações magoados.
Outono é fim de vida
Ouve-se o toque a finados.

Para fazer a chamada
daqueles que vivos são
É ir à terra sagrada
Em romagem de oração.

Sei que tenho de morrer
Dar o corpo à terra dura
Quem me dera a minha ter
Junto à vossa sepultura.

Na vossa flores viçosas
Na minha ervas daninhas
Pedi por mim almas piedosas
O perdão de culpas minhas.


Guilhermino Carvalhinho

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