UMA FREGUESIA QUE NÃO EXISTE

NO PAPEL...

terça-feira, 29 de março de 2011

SERVIÇO PÚBLICO

Lameirinhas 7-5 Póvoa Futsal

O resumo aqui.

domingo, 27 de março de 2011

A GERAÇÃO À RASCA VISTA POR MIA COUTO

"Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade,nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados. Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a
diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida
e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme
convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?

quarta-feira, 23 de março de 2011

CHEGOU O MOMENTO!

"Esfreguemos as mãos!
Chegou o momento!
Já não podíamos com tanta fome de poder!"

Este foi o pensamento deles (PSD, CDS).

"Cambada de camelos!
Esfomeados da merda!
Até onde chegou a irresponsabilidade...
E os portugueses que paguem o preço da ganância desta cambada..."

Isto é o que eu penso!


O presidente da "Junta"

sábado, 19 de março de 2011

MOMENTOS

Comecei por te fazer um poema, mas definitivamente não te herdei esse dom.
Lembrei-me de transcrever um poema de um qualquer outro poeta, mas achei impessoal.
Lembrei-me de fotos tuas para te lembrar por aqui.
Lembrei-me de coisas que me ensinas-te.
Lembrei-me da moral que me transmitis-te.
Lembrei-me de lemas que me incutis-te e pelos quais me regulo hoje.
Lembrei-me de avisos.
Lembrei-me de coisas boas que passámos juntos.
Lembrei-me de coisas menos boas, porque é natural que existam.
Mas essencialmente...
LEMBREI-ME DE TI!
Um grande beijo PAI.

terça-feira, 15 de março de 2011

VEM AÍ A SALVAÇÃO DA PÁTRIA!

Ontem, o País ficou a saber que vamos ter eleições antecipadas.
Quanto mais rápido, melhor!
Vêm aí os salvadores da Pátria!
Aqueles que deram a Sócrates o poder de aumentar impostos e de portajar as SCUT'S, vão finalmente passar para o outro lado da barricada.
E estas medidas? Serão anuladas?
Não me parece!
A merda é a mesma!
O cheiro é que difere!


O presidente da "Junta"

sábado, 12 de março de 2011

LEITURA PRESIDENCIAL

De Dulce Helena Borges

LEITURA PRESIDENCIAL




De João Tordo

Ao perder tudo, um homem isola-se no silêncio de um apartamento londrino, e a sua vida começa a ser comandada pela voz de um desconhecido ao telefone; um casal fica, de um momento para o outro, soterrado nos escombros de uma casa destruída pela guerra durante o blitz alemão sobre Londres; um estudante vítima de insónia mergulha num mundo de irrealidade permanente, temendo o ameaçador vizinho do quarto contíguo; um médico mórbido constrói uma máquina de tortura num hospital isolado da costa de Brighton.
Os segredos por revelar de todas estas personagens perpassam num romance cheio de enigmas e vozes e criam uma atmosfera de suspense e claustrofobia que faz de cada página um passo expectante na direcção de uma escuridão cada vez maior, de um desenlace ao mesmo tempo macabro e romântico.
Com ecos de Kafka e de Auster e influências do novo conto gótico, O Livro dos Homens sem Luz revisita os clássicos da literatura de mistério - de Wilkie Collins a Edgar Allan Poe -, oferecendo-lhes um espaço peculiar no qual o autor entrega o destino das personagens a si próprias.

NÃO SOU ANTI-MANIF MAS...

Chegou o dia!
Hoje a malta vai protestar!
Muitos dos que lá vão estar nem sabem porquê, mas vão! "Está na moda! Bora lá!"
Muitos, nunca souberam o que é passar dificuldades, mas é fixe protestar!...

‎...muitos deles, são os filhinhos dos papás, que nunca fizeram a ponta de um corno para saber o que é a vida, mas lá estarão.
Muitos, aínda há pouco andavam com a bandeira do Sócrates ou da Manela, mas hoje, PROTESTE-SE QUE É PORREIRO!...

...muitos deles estarão lá, a mando dos partidos (imagine-se) contra os quais vão protestar.
Muitos não "dão meia para a caixa", mas são Doutores ou Engenheiros...

‎...Alguns estão à rasca!
Outros são mesmo rasca!
Tenho dito!


O presidente da "Junta"

quarta-feira, 9 de março de 2011

ESCLARECIMENTO


Quero antes de mais, pedir desculpa a todos os "Fregueses" que desde Sábado passado me têm enviado comentários relacionados com o meu Clube GDR Lameirinhas, por não ter publicado os mesmos.
Da mesma forma quero agradecer a todos quantos, via telemóvel ou pessoalmente me têm feito chegar mensagens de apoio, depois de na minha página do Facebook ter afirmado que não voltaria a comentar os resultados do Clube da "Freguesia".

Passo então às explicações para esta minha posição.
Durante o último jogo depois de um desabafo que tive e que foi perfeitamente audível em todo o pavilhão de S. Miguel, fui intimado por um atleta do GDRL para falarmos no final da partida (faço referência a esta intimação, apenas porque ela foi pública e se repetiu no final do jogo). Escusado será dizer que logo assenti.
Já na sede do GDRL, fiquei a saber do que me pretendia o atleta e amigo de há muitos anos.
A única coisa que vos digo é que as minhas palavras no pavilhão, no facebook e na "Junta" não são bem vistas pelo grupo de trabalho.
Lamento, mas não retiro uma única vírgula ao que tenho dito. No entanto, e com receio de se misturar opiniões discordantes com amizades opto pois, por não voltar a falar do Futsal do GDRL, onde quer que seja.
Porém, não o faço sem deixar algumas opiniões.
_Fiquei com a ideia de que se estará a arranjar um álibi para um possível mau resultado final na época desportiva.
_Vejo as coisas desta forma: um dirigente deve exercer a sua função o melhor que souber e puder; um treinador deve exercer a sua função da melhor forma que sabe e pode; um atleta deve jogar o que o treinador quiser, se possível de forma proveitosa; um adepto (seja ele qual for) deve aplaudir quando esse é o caso, deve criticar se essa é a sua vontade, já que esse é um direito seu!
_Os directores aparecem e vão; os treinadores aparecem e vão; os jogadores aparecem, vão e voltam. Já os adeptos,esses são sempre o mesmos! Independentemente da forma como expressam as suas opiniões.

Finalizo com um desejo enorme, de que tudo corra pelo melhor ao Futsal do GDRL.
No final da época e como me foi pedido, cá estarei para dar os parabéns pela manutenção na II Divisão.

PS: A este post não será aceite qualquer comentário. Peço respeito a todos por esta decisão, que se vai alargar até final da época.

O presidente da "Junta"

segunda-feira, 7 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

APELO

Desta vez não venho dar conhecimento da minha leitura actual.
Venho pois, solicitar apenas, à malta a quem emprestei os livros que a seguir nomearei, que mos devolva. Sou muito apegado a eles (os livros)...
Aqui fica a lista:
_ "Equador" de Miguel Sousa Tavares.
_ "Rio das Flores" de Miguel Sousa Tavares.
_ "A Filha do Capitão" de José Rodrigues dos Santos".
_ "O Código Da Vinci" de Dan Brown".
_ " A Conspiração" de Dan Brown.
_ "Expiação" de Ian McEwan.
_ "Eça Agora" de Mário Zambujal, Luísa Beltrão, José Jorge Letria, Alice Vieira, João Aguiar e José Fanha.

De fora podem ficar as revistas da adolescência, cujo titulo tinha apenas quatro letras, começava por um G e acabava em A.

terça-feira, 1 de março de 2011

SERVIÇO PÚBLICO

O Clube da "Freguesia" perdeu mais uma partida (2-1), desta vez com um adversário directo, o Junqueira. De referir fica apenas o facto de que esta equipa ainda não tinha ganho um único jogo em casa.
Numa altura em que se esperava que o Lameirinhas saí-se da zona de despromoção, aconteceu exactamente o contrário.
O GDRL ocupa agora a 12ª posição na tabela, se bem que a diferença pontual para com as equipas que se situam acima da linha de água, é perfeitamente possível de anular.
Fica o desejo de que isso aconteça.
O presidente da "Junta"

Adenda, 02-03-2011: Alguém me avisou do facto de eu me ter enganado no resultado desta partida. O resultado foi 3-1 e não 2-1. Fica feita a correcção.