UMA FREGUESIA QUE NÃO EXISTE

NO PAPEL...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A CAPELA DA FREGUESIA PARTE 2

Comprometi-me há uns dias atrás falar da verdadeira capela da "Freguesia".
Vamos então a isso.
Quase ninguém sabe e poucos se lembram dela, mas no Bairro das Lameirinhas sempre houve uma capela (que não aquela de que mostrei fotos num post anterior).
Esse local de culto é já tão velhinho como a rotunda que recentemente foi inaugurada junto ao Estádio Municipal. Pois é, velhinho, velhinho, mas só no papel. Parece que por esta zona as infra-estruturas necessárias têm de ficar na incubadora pelo menos entre trinta e quarenta anos.
Inicialmente a sua localização (da capela) teria sido no terreno onde foi construída a Escola Primária das Lameirinhas, se me não falham as contas em 1976 ou 1977 e ainda bem que assim decidiram. Mas outro local logo foi indicado para edificar o "Templo", a paróquia a que a "freguesia" pertence, é detentora de um terreno que desde essa altura está à espera da referida capela. Mas se os políticos faltam por vezes com a palavra, a classe eclesiástica não faz melhor figura.
Andei à procura de informações acerca do assunto, o que consegui foi muito pouco.
Apesar de em toda a minha vida ouvir falar neste terreno, o que é certo é que nada foi feito.
Em 21 de Setembro de 2006 no site oficial da Diocese da Guarda, aquando da passagem do testemunho pelo Padre Abel ao seu sucessor, apenas é feita referência ao terreno acima indicado, como sendo uma "garantia financeira" da paróquia, sabendo-se que o mesmo espaço, com uma área de 12000 metros quadrados, havia sido doado por D. Júlia de Jesus Gonçalves Cardoso, para que ali fosse instalada a Capela das Lameirinhas, nada foi referido no entanto a esse respeito.
Porém, a esperança não morre. Já em 13 de Maio de 2007, o padre Moiteiro, Pároco da Sé e S. Vicente foi confrontado por um jornal da Urbe com a falta de um local de culto próprio nas Lameirinhas, ao que respondeu que se estava na fase inicial de um projecto para construção de um lar de idosos no terreno de que tenho estado a falar, sendo que esse mesmo lar seria contemplado com um local de culto que ficaria disponível para a população.
Enfim, o tempo passa e malfadada Capela não há maneira de aparecer.
Não é a mim que a Capela faz falta, eu que até já me não lembra de assistir a uma missa, mas que ela é necessária, não tenho qualquer dúvida.
Depois de tantos anos a adiar esta questão, não se admire D. Manuel Felício, Bispo da Diocese da Guarda, que muitos dos fieis se tenham convertido, dedicando-se a uma outra religião (que eu respeito) que veio alicerçar-se na "freguesia" e que imagino não o terá feito inocentemente.

PS: Acrescento que esta não é a primeira vez que me dedico a este tema. Há cerca de uma dezena de anos participei numa reunião com outros habitantes das Lameirinhas, onde se decidiu pressionar Igreja no sentido de resolver esta lacuna. Alguém se lembra?
Nunca passámos dessa reunião.
Faço aqui o "mea culpa"

O presidente da "Junta"

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