Na Sexta-Feira visitei na Galeria Do Paço da Cultura duas exposições: "Pesos e Medidas - Ecos de Metrologia na Região da Guarda" e "Freguesias do Concelho da Guarda - Desenhos de António Barata".
António Barata (natural da terra onde resido, Figueira da Foz) dá-nos a conhecer as Capelas e Igrejas das nossas Aldeias. Vale a pena ir ver.
Já no Sábado, foi a vez de fazer uma visita guiada ao centro histórico da Guarda.
O anfitrião/cicerone foi Álvaro Gil Cabral, o Alcaide da Cidade nos finais do SEC. XIV
Homem fiel ao seu reino, que após a morte do Rei D. Fernando se recusou a entregar a Cidade a D. João, Rei de Castela.
Durante a visita são várias as surpresas que esta figura ilustre (e outras, como a Ribeirinha) nos proporcionam.
Mesmo a quem reside na Guarda e quem pensa conhecê-la como a palma de suas mãos, eles conseguem fazer ver coisas que nunca tinhamos visto e ouvir histórias que nunca nos tinham contado.
Esta janela renascentista, sob a qual eu passei centenas e centenas de vezes, sem que soubesse da sua existência, é apenas um exemplo.
É sem dúvida uma visita obrigatória para quem gosta da Guarda, é uma boa ocasião para que os turistas conheçam bem as nossas origens, mas é acima de tudo uma boa forma de nos conhecermos a nós mesmos.
Brasões de Armas, a casa onde viveu o poeta Augusto Gil (vergonhosamente abandonada), a casa com o selo de Simão Antunes de Pina, a Porta da Erva, o Solar dos Condes da Guarda no Passo do BIU, os espectaculares Painéis de Azulejos da Igreja de S. Vicente (e o Poço do Gado, ali ao lado).
A antiga Judiaria (tanto que há para saber desta comunidade que habitou nestas paragens). O Antigo Tribunal dos Judeus, a Muralha, a Porta D'el Rei, a Torre dos Ferreiros e até o "Cu da Guarda" naquele que é o monumento-mor da mais alta Cidade, a Sé Catedral.
São estes alguns dos motivos que me levam a convidar todos os "Fregueses" a fazer esta visita, que vai estar patente até dia 18 de Setembro, todas as Sextas e Sábados às 17.30h e nos primeiros Domingos de Agosto e Setembro, no mesmo horário.
Não se vão arrepender.
O único reparo que faço, vai no sentido de não compreender porque razão no decorrer da visita não é cortado o trânsito a automóveis (a quem o digníssimo Alcaide insistia em chamar de carroças). Não será assim tão difícil...
Mas apenas isso. Tudo o resto, está irrepreensível.
O Alcaide...
ou melhor, o presidente da "Junta"
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