UMA FREGUESIA QUE NÃO EXISTE

NO PAPEL...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

HOMENAGEM A ANTÓNIO DE ALMEIDA SANTOS


Porque hoje a C.M.G. presta homenagem a este grande vulto da política Portuguesa dando o seu nome à sala da Assembleia Municipal, à qual foi o primeiro a presidir e porque eu próprio sou seu admirador incondicional (não é por acaso que há tanto tempo falo na aquisição do livro de sua autoria "Vivos ou Dinossauros") aqui fica um resumo da sua biografia.

António de Almeida Santos nasceu em Cabeça, Seia, 15 de Fevereiro de 1926.

A sua mãe era natural de Loriga e o seu pai de Vide, freguesia onde viveu alguns anos.

Licenciou-se em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1950. Foi (e é) intérprete do canto e da guitarra de Coimbra, devendo-se-lhe umas conhecidas Variações em ré menor. Em 1953 fixou-se em Moçambique onde exerceu a advocacia. Na cidade de Lourenço Marques pertenceu ao Grupo dos Democratas de Moçambique. Foi por duas vezes candidato às eleições para a Assembleia Nacional, em listas da Oposição Democrática e viu, em ambos os casos, anulada a sua candidatura por acto arbitrário da Administração Colonial[1].

Regressou a Portugal após o 25 de Abril de 1974, a convite do então Presidente da República, António de Spínola. Iniciou então uma proeminente carreira política — foi Ministro da Coordenação Interterritorial dos I, II, III e IV Governos Provisórios, com o estatuto de independente. No VI Governo Provisório ocupou também o lugar de Ministro da Comunicação Social. No I Governo Constitucional tinha a seu cargo a pasta da Justiça. Por esta altura aderiu ao Partido Socialista. Foi Ministro-Adjunto do Primeiro-Ministro, no II Governo Constitucional. Desempenhou um papel determinante na primeira Revisão Constitucional (1982). Foi Ministro de Estado e dos Assuntos Parlamentares, no Governo do Bloco Central (1983-1985). Nas eleições legislativas de 1985, encabeça a lista do PS como candidato a Primeiro Ministro, mas é derrotado por Cavaco Silva. Volta a ter de novo um papel preponderante na revisão constitucional de 1988. A partir de 1990, volta a destacar-se na direcção do PS, integrando o Secretariado Nacional. Em Outubro de 1995 é nomeado para o cargo de Presidente da Assembleia da República. Integrou o Conselho de Estado (de 1985 a 2002) e ocupa o cargo honorário de presidente do Partido Socialista desde 1992.

É autor de mais de uma dezena de livros, incluindo ensaios jurídicos. Publicou Quase Memórias (2006), uma autobiografia em dois volumes. No livro Que Nova Ordem Mundial? (2009), defende convictamente a Nova Ordem Mundial e a Globalização e propõe soluções que envolvam a globalização da política além do comércio. É também membro da Maçonaria Portuguesa, sendo elemento de grau 33 (grau máximo da Maçonaria).

Em Maio de 2007 defendeu a Ota como localização do novo aeroporto de Lisboa, argumentando que se o mesmo fosse construído na margem sul do Tejo, terroristas poderiam dinamitar as diversas pontes sobre o Tejo cortando o acesso ao Aeroporto, tendo sido criticado.

Distinções:
Foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Em 2003 ganhou o Prémio Norte-Sul, atribuído pelo Conselho da Europa.

Obras publicadas:
Alguns dos títulos publicados, por ordem alfabética:

7 x Abril Pela Santa Liberdade
Até que a Pena me Doa
Avisos à Navegação
Civismo e Rebelião
Coimbra em África
Com Ironia e Sumo de Limão
Contos do tempo do Ódio
Corpo de Delito
Do Outro Lado da Esperança
Ensaio sobre o Direito de Autor
Já Agora!..
Os Mal Amados
Paixão Lusófona
Pare, Pense e Mude
Picar de Novo o Porco
Por Favor, Preocupem-se
Quase Memórias (do Colonialismo e da Descolonização)
Quase Retratos
Que Nova Ordem Mundial?
Quinze meses ao serviço da Descolonização
Rã no Pântano
Teoria da Imprevisão
Textos Políticos
Virtuosa Sensaboria
Vivos ou Dinossauros

Nota (minha): Recorri para a elaboração deste post, aos dados existentes na enciclopédia livre Wikipédia.

Hoje para além de lamentar não poder presenciar esta homenagem, lamento também que meu pai não o possa igualmente fazer, pois tenho a certeza que para ele, Almeida Santos é um Político e um Socialista de referência.

O presidente da "Junta"

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