UM POLÍTICO EM AGONIA

Ontem os órgãos de comunicação social noticiavam que Mário Soares elogiou Fernando Nobre, candidato a Presidente da República. Não gostei!

E não foram os elogios que foram proferidos por Soares que me incomodaram, mas sim quem os fez.

Mário Soares foi um político de excelência, que sempre admirei (até há quatro anos). Não podemos esquecer da sua luta contra o fascismo; não podemos esquecer que foi graças a ele que logo a seguir ao 25 de Abril não se instalou em Portugal uma ditadura de esquerda; não podemos ignorar que a ele se deve a entrada de Portugal na CEE; não podemos olvidar o seu desempenho enquanto Presidente da República.

Mas também não temos de lhe aturar as rabugices da idade. Já nas eleições Presidenciais de 2006 não deveria Soares ter aceite o convite de Sócrates para representar o PS (nem Sócrates o deveria ter convidado), evitava ter de passar pelo vexame que passou ao ficar 6% abaixo de Manuel Alegre. Não tenho dúvidas! Ficasse Soares em casa com as pantufas calçadas e hoje não tinha-mos que aguentar com o Sr de Boliqueime.

Estas atitude de Soares (como a de ontem), que não passam de um inconformismo pelo apoio do PS ao poeta, vão continuar! São o último espernear de um político moribundo, para a vida política claro está.

O presidente da "Junta"